
Penso na existência da paz, aquela que vem de dentro do nosso macio, uma paz de calma, de nascer de novo, de construir caminhos, abrir as tampas da dor e explodir pra não implodir.
Cada pedaço de cor tem um tamanho, tem um antepassado, tem um comprimido imprimido.
Cada um tem a meta, a distância da saudade, tem a paciência congelada em traços dorsais.
Num instante fugidio a mente divaga, afaga... Conversa com palavras maleáveis, com gestos suaves, com ternura azul.
Sonhos fantasiam cada pedaço de terra, cada concreto cinzento, cada linha do arco que
divide-nos em seres humanos e bichos.
Mundo, vasto e tão pequeno, ali uma folha a correr do vento, acolá uma chama a brilhar no mar sem fim, sem limite... Sem tédio, sem vazio, sem buraco, porque o mar caminha sem pensar no dia de amanhã, ele cavalga, trota, rosna, se quebra, requebra, mas vai...
Cada um tem um olho a brilhar, adentrar, confiar, permitir...
Paz vem do alto mundo do coração, paz vem da pedra inoportuna que surgiu e partiu fragmentada demais pra estragar rumores de amor...
Paz vem do coração viajante, da mente esfumaçada e aqui estou a escrever palavras...
TEXTO: Solange Mazzeto
DECONHEÇO A AUTORIA DA IMAGEM
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