sábado, 14 de agosto de 2010

Penso na existência da paz.





Penso na existência da paz, aquela que vem de dentro do nosso macio, uma paz de calma, de nascer de novo, de construir caminhos, abrir as tampas da dor e explodir pra não implodir.

Cada pedaço de cor tem um tamanho, tem um antepassado, tem um comprimido imprimido.

Cada um tem a meta, a distância da saudade, tem a paciência congelada em traços dorsais.

Num instante fugidio a mente divaga, afaga... Conversa com palavras maleáveis, com gestos suaves, com ternura azul.

Sonhos fantasiam cada pedaço de terra, cada concreto cinzento, cada linha do arco que
divide-nos em seres humanos e bichos.
Mundo, vasto e tão pequeno, ali uma folha a correr do vento, acolá uma chama a brilhar no mar sem fim, sem limite... Sem tédio, sem vazio, sem buraco, porque o mar caminha sem pensar no dia de amanhã, ele cavalga, trota, rosna, se quebra, requebra, mas vai...

Cada um tem um olho a brilhar, adentrar, confiar, permitir...

Paz vem do alto mundo do coração, paz vem da pedra inoportuna que surgiu e partiu fragmentada demais pra estragar rumores de amor...
Paz vem do coração viajante, da mente esfumaçada e aqui estou a escrever palavras...


TEXTO: Solange Mazzeto
DECONHEÇO A AUTORIA DA IMAGEM

Nenhum comentário:

Postar um comentário