sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pra mim é isso!

O Teatro pra mim, é a arte líquida que corre pelas minhas veias e salienta quem sou, porque burila com sua oxigenação espaços inimagináveis.


Solange Mazzeto

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Figura da vida

era tiro e queijo, moeda e beijo
era algo indefinível
sem culpa, sem sentido

veio a onda
desceu a raiva

rumo sem nexo
pinga usada
bengala gasta

vida vasta
caiada de sal
...
figura da vida


by Solange Mazzeto

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Quando se está amando




A gente fica meio adolescente quando tá amando, a gente fica mais feminina e sabe falar melhor, e chorar menos, porque tá com o sonho na ponta do dedo, fica assim meio boba perante os outros que não estão na mesma vibe, mas é tudo tão divertido, que o riso se faz farto, alto. E os trejeitos desajustados do povo? Ah...nem ligo, tô 'alta' feito adolescente na vida, meio super menina, que não corre perigo, que não tem medo da altura do beijo...


Texto e fotografia: Solange Mazzeto

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Do gosto

gosto da melodia dos passos infantis

O presente




O presente tão querido estava ali, ao alcance da alegria.
Os olhos lá no passado, não via.
Texto--- ANA JÁCOMO

Imagem: Solange Mazzeto

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O mundo é troco de bar

viajei léguas,
adormeci séculos
derrubei
lágrima de ferro

cuspi no pão
suspirei de paixão
bebi
água apodrecida

cansei, suei,
me testei
testei você,
dei murro em teu coração
deixei marca de mordida,

pulei muros,
esmurrei paredes
destruí pontes,

fiz amizade
inimizade
também fiz

destilei veneno
vendi a alma por ‘n’ vezes

me habituei a mentir
diante da eternidade

sofri bocados
me arrependi,
cedi
dei força,
ouvi lágrimas

vivi,
vivo e continuarei fazendo o caminho
sim, no singular mesmo,
existe só um caminho pra não voltar ao mundo em troco de troco de bar...


by Solange Mazzeto

Cimento de gente

Chove e cá estou escrevendo de madrugada, a noite hoje não está ferozmente quente, como nas outras noites dessa semana. Faxinei quase casa toda, menos um quarto, ou melhor, menos três quartos da casa, quem sabe amanhã vou, abro e limpo?
Meus dedos tocam as teclas e tudo vai sumindo da vista, a canseira desaparece detrás da porta, a fome acaba diante do jornal, o mundo corre, prolixo.
Pessoas morrem, e outras nascem umas amam e outras enobrecem, agora enquanto escrevo alguém em algum lugar está com desejo de comer maçã... desejo de beijar, talvez um ser que já se foi. A morte angustia, mas é o que temos de concreto, além do cimento de nossas máscaras.

by Solange Mazzeto

Ana Jácomo, gostei dos textos dela

http://anajacomo.blogspot.com/

Talvez

talvez a gente perceba que o passar do riso e da lágrima
pulula entre dois corpos entreabertos
que o destino é onda que vai e que passa
que a alma é muda de flor
semente de árvore
e alimento de passarinho


by Solange Mazzeto