sábado, 29 de maio de 2010

Andando pelo Shopping

Ganhei um anel de dia das Mães, mas sendo meu dedo pequeno demais e o anel enorme o joalheiro afirmou categoricamente que não podia fazer a redução do anel, porque ia estragar, ‘implorei’ mais não ouve jeito, então tá, fazer o que, o jeito foi me conformar.

Troquei por um brinco, recebi o restante do dinheiro [coisa rara no Brasil] e tudo legal... Legal nada né, queria e quero o anel.

Aí pensei na conformidade das coisas... E andando pelo shopping, apareceram várias “fadinhas”, o que tinha de pequenas e lindas menininhas sentadinhas comendo, correndo, perambulando com seus cachos, suas botinhas; e seus vestidos longos, um festival aos meus olhos, já que gosto tanto de crianças...

Uma delas, a primeira que me chamou a atenção, estava sentada tomando um lanche, quando de repente se agitou, largando tudo espalhafatosamente [com seus 3 ou 4 anos], e quase aos berros, disse:

---- Tô com calor, muito calor; retirando uma das blusas que a agasalhava... A mãe correu até ela aflita, temerosa [mãe é assim, a gente sente frio e agasalha o filho, natural, instinto de proteção esmerada e muitas vezes, exagerada].

Logo adiante outra ‘fadinha’ correndo, a babá correndo atrás, a mãe um pouco ‘distante’, notava-se o engodo que a maternidade também gera em nós mulheres. É gostoso e bom ser mãe, mas somos mulheres sensíveis e frágeis e tão fortes ao mesmo tempo, que nos embaralhamos na conformidade de ser mãe...

Depois, fui ver um filme com minha filha, ótimo por sinal, e ali sentada assistindo o filme, me deparei novamente com o conformismo das coisas que não podemos mudar...

Pessoas falando quase que o filme todo, e me pergunto:

--- Por que cargas d’água o povo vai ao cinema e fala mais que a boca?

Porém, cheguei à conclusão que se conformar pode ser bom pra não enfartar, mas que é um pé no saco é...

Eu devia ter ‘gritado mais, me conformado menos... ’ e devo aprender a dar menos importância a coisas pequenas... Mas que deu vontade de berrar que nem a menininha, ah... Isso deu!


TEXTO: Solange Mazzeto

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