
um calor que povoava a ideia
e fervia o doce de leite
que jazia morto
no fundo da panela
doido, era doído
o sussurro do vento
alicerçando o sopro
que vinha do pensamento
sentia gula, ânsia
sentia o pó adentrar na pele
queria o vale dos teus dedos
entrelaçados nos meus dedos
era doido sentir tua petulância
era cruel
era dor insana
ver tua boca noutra boca
tua luz em outro olho
era doido
e eu
morri
.
.
.
texto e imagem by Solange Mazzeto
nessa foto estou de Cíntia, uma personagem que escrevi e ganhei premio de melhor atriz no concurso do Teatro Santo Agostinho.
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