sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cimento de gente

Chove e cá estou escrevendo de madrugada, a noite hoje não está ferozmente quente, como nas outras noites dessa semana. Faxinei quase casa toda, menos um quarto, ou melhor, menos três quartos da casa, quem sabe amanhã vou, abro e limpo?
Meus dedos tocam as teclas e tudo vai sumindo da vista, a canseira desaparece detrás da porta, a fome acaba diante do jornal, o mundo corre, prolixo.
Pessoas morrem, e outras nascem umas amam e outras enobrecem, agora enquanto escrevo alguém em algum lugar está com desejo de comer maçã... desejo de beijar, talvez um ser que já se foi. A morte angustia, mas é o que temos de concreto, além do cimento de nossas máscaras.

by Solange Mazzeto

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