terça-feira, 6 de abril de 2010

Borboletas azuis




no fosco amanhecer
me vi senda e renda

devaneei teus braços
me lastimei

senti a fria
angústia
se espalhando
impiedosa

sob minha língua
recriei tua fala

queria [sentir ]nada

mas...
borboletas azuis
me fiam a lábia
me transmitem calma

e assim mergulho no vôo
sobrevôo a nuca
de tua estrada

e
livre

canto n’alma
a
madrugada


texto by Solange Mazzeto

AUTORIA DA IMAGEM: José Barreiro [site Olhares]

Nenhum comentário:

Postar um comentário