quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Senhor Edu, pra você!

A morte é um tiquinho de nada, pegue seu indicador e seu polegar, e meça meio centímetro de distância entre eles, fez? Isso é a morte, diz o Monge Antônio.
Somos eternos, temos alma, o que parte daqui é só o corpo, só a ‘roupola’ como diz o João Baiano.
Mas mesmo cientes disso, a experiência de não podermos mais tocar o corpo que se foi, é desastroso. Antes isso me deixava nervosa, irritadiça, hoje só me deixa triste.
É o luto da morte, a tristeza de saber que por hora não poderemos mais olhar pra aquele olhar que tanto nos fez bem na vida. Não poderemos ligar e dizer ‘oi coisa linda, como você está?’ e ouvir a voz debochada e rica.
No astral ainda não tem celular, peço que providenciem, pode ser?
Saudade, ô palavrinha danada quando se trata de dor de luto. Luto, palavra doída, palavra escura, palavra que machuca.
Edu!? Vê aquela menina de tranças sorrindo pra você? É a esperança querido, segue ela viu! Nos veremos logo, logo! Ti amu coisa linda!
E Deus! Cuida bem dele, e ao abrace bem apertado, sorria pra ele e diga que o quero muito bem! E que as rosas daqui de casa são todas dele. Sei que ele rirá e dirá: Dona Maravilha Mazzeto, a senhora tá exagerando...

TEXTO: Solange Mazzeto

PS: Não colocarei foto, ele não gostava de expor fotos dele.E respeito isso!

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