
da janela de minha alma avizinho o finado defunto
o marido da vizinha
ele se vinha já de um tanto acabado
pelas mentiras da vida
acamado ficara por três dias
e morrera no dia de ontem a tardezinha
ela de um tanto acabrunhada
rezava as tantas Aves- Maria
era reza de soluço
debruçada encolhidinha
na cerca ao lado o galo cantava
um canto entristecido, melancólico
enquanto isso, triste suspiro eu tirava
de minha sina
e pensava já na morte
essa morte visitante
que não escolhe se é de dia
se é de noite
se é de dinheiro
ou se é sem tostão
essa morte ladina
que vem roubar de sonho de padaria
até sonho perfumado do lírio da manhã
e ali me vou com meu pensar
arrebatado de pujança
inaugurar o vestido preto
pra mor de ir dizer adeus
ao já enterrado
finado...defunto...
marido da vizinha
TEXTO: Solange Mazzeto
DECONHEÇO A AUTORIA DA IMAGEM
Olá querida amiga SOLE.
ResponderExcluirAdoro mesmo de verdade a tua maneira de escrever. Este poema sobre o o defunto e vizinha está uma maravilha. Uma história bem contada e cantada.
Um Bom Ano Novo, minha boa amiga, na companhia de todos os que te são queridos. Vou ficar contigo e com os meus amigos mais queridos no pensamento.
Meu beijo e meu carinho de sempre.
Victor Gil
Pois é Victor, esse poema foi até de 'surpresa' pra mim, veio essa inspiração doida de escrever isso e 'assim' desse jeito meio desenxabido.
ResponderExcluirbjos
Ah! Bom Ano pra vc e para os seus ai, :))
ResponderExcluirSolange querida amiga
ResponderExcluirJá passou o Natal e eu nem consegui vir aqui. Porém o Ano Novo ainda não chegou e, portanto, ainda dá tempo para desejar um 2011 cheio de paz, alegrias, realizações e tudo de bom que ele puder oferecer a você.
Beijos
ps: seu blog está a cada dia mais lindo! Parabéns!
Regina, tbm não passei no seu blog, mas vc estava [está] nas minhas melhores vibrações!
ResponderExcluirQue 2011 seja realmente lindo e será amiga, será sim!
bjo grande viu!