terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Avesso
é a lambida do inferno
com suas
taras
e
decretos
com os dentes da frente
emparelhados
fazendo silvo
fazendo arte
fazendo birra
é a manipulação da gengiva
do grelo
na saliva
é o demônio esparramado
servindo vinho
bebendo pinga
TEXTO e FOTOGRAFIA: Solange Mazzeto
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A menina, a joaninha e eu
Tarde de ir no cinema, não sem antes comprinhas no Shopping, na fila pra pagar, a menina de brilhantes olhos azuis, cabelo em cacho dourado, com fita anil, perguntava pra mim, é ‘bicinho’? E então percebi que tinha uma joaninha perambulando por minha bolsa, me agachei junto a menininha ficamos olhando as aventuras da joaninha, sorri pra ela e disse, sim é um bichinho, e se chama joaninha, e ela ‘zoaninha’? Sim, uma joaninha!
TEXTO: Solange Mazzeto
TEXTO: Solange Mazzeto
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Senhor Edu, pra você!
A morte é um tiquinho de nada, pegue seu indicador e seu polegar, e meça meio centímetro de distância entre eles, fez? Isso é a morte, diz o Monge Antônio.
Somos eternos, temos alma, o que parte daqui é só o corpo, só a ‘roupola’ como diz o João Baiano.
Mas mesmo cientes disso, a experiência de não podermos mais tocar o corpo que se foi, é desastroso. Antes isso me deixava nervosa, irritadiça, hoje só me deixa triste.
É o luto da morte, a tristeza de saber que por hora não poderemos mais olhar pra aquele olhar que tanto nos fez bem na vida. Não poderemos ligar e dizer ‘oi coisa linda, como você está?’ e ouvir a voz debochada e rica.
No astral ainda não tem celular, peço que providenciem, pode ser?
Saudade, ô palavrinha danada quando se trata de dor de luto. Luto, palavra doída, palavra escura, palavra que machuca.
Edu!? Vê aquela menina de tranças sorrindo pra você? É a esperança querido, segue ela viu! Nos veremos logo, logo! Ti amu coisa linda!
E Deus! Cuida bem dele, e ao abrace bem apertado, sorria pra ele e diga que o quero muito bem! E que as rosas daqui de casa são todas dele. Sei que ele rirá e dirá: Dona Maravilha Mazzeto, a senhora tá exagerando...
TEXTO: Solange Mazzeto
PS: Não colocarei foto, ele não gostava de expor fotos dele.E respeito isso!
Somos eternos, temos alma, o que parte daqui é só o corpo, só a ‘roupola’ como diz o João Baiano.
Mas mesmo cientes disso, a experiência de não podermos mais tocar o corpo que se foi, é desastroso. Antes isso me deixava nervosa, irritadiça, hoje só me deixa triste.
É o luto da morte, a tristeza de saber que por hora não poderemos mais olhar pra aquele olhar que tanto nos fez bem na vida. Não poderemos ligar e dizer ‘oi coisa linda, como você está?’ e ouvir a voz debochada e rica.
No astral ainda não tem celular, peço que providenciem, pode ser?
Saudade, ô palavrinha danada quando se trata de dor de luto. Luto, palavra doída, palavra escura, palavra que machuca.
Edu!? Vê aquela menina de tranças sorrindo pra você? É a esperança querido, segue ela viu! Nos veremos logo, logo! Ti amu coisa linda!
E Deus! Cuida bem dele, e ao abrace bem apertado, sorria pra ele e diga que o quero muito bem! E que as rosas daqui de casa são todas dele. Sei que ele rirá e dirá: Dona Maravilha Mazzeto, a senhora tá exagerando...
TEXTO: Solange Mazzeto
PS: Não colocarei foto, ele não gostava de expor fotos dele.E respeito isso!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Você
que é o você de dentro do meu sonho
que ronda meu preceito
me faz sentir direito
que é o você de dentro do meu tempo
que rouba meu desejo
me faz sentir sem medo
que é o você de dentro de minh’alma
que rotula meus segredos
me faz saber amada
que é “o” você...?
[eu sei]
TEXTO: Solange Mazzeto
DESCONHEÇO A AUTORIA DA IMAGEM
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